Uso histórico da prata

O uso histórico da prata como agente terapêutico remonta à antiguidade. Conheça a seguir algumas curiosidades sobre o uso da prata ao longo da história da humanidade:

  • Caio Plínio Segundo, em sua obra Naturalis Historia, descreve o uso da “escória da prata” na produção de pomadas para promover a cicatrização de feridas, e como ingrediente de medicamentos para a remoção de "excrescências carnosas” em feridas e ulcerações.
  • Alexandre o Grande foi aconselhado por Aristóteles a armazenar a água, depois de fervida, em vasos de prata em suas campanhas militares.
  • Hipócrates, considerado o pai da medicina, prescreveu “flores de prata, no mais fino pó” para o tratamento de úlceras, em sua obra De ulceribus.
  • Os vikings revestiam os cascos de suas embarcações com tiras de prata e cobre para inibir a proliferação de algas e crustáceos.
  • Na Europa medieval, assolada pela peste bubônica, as famílias mais abastadas orientavam seus filhos a chupar colheres de prata para afastar as doenças. Daí teria nascido a expressão anglo-americana "nascido com colher de prata na boca", equivalente ao nosso "nascido em berço de ouro".
  • É tradição entre os gaúchos o uso de bomba de chimarrão em prata para evitar a proliferação microbiana.
  • Sem refrigeração, os pioneiros norte-americanos depositavam moedas de prata em jarras de leite para preservá-lo.
  • Em 1869 Ravelin descreveu pela primeira vez a ação antimicrobiana da prata, mesmo em concentrações extremamente baixas.
  • Em 1881, Carl Crede foi pioneiro no tratamento de infecções oculares em bebês recém nascidos com uma solução de nitrato de prata, técnica largamente utilizada desde então.
  • No século XX, Halsted, um cirurgião norte-americano, defendeu o uso de folhas de prata como curativos, e suturas de prata eram frequentemente usadas em incisões cirúrgicas.
  • Também no início do século XX, ampliou-se a aplicação da prata em tratamentos oftalmológicos.
  • A prata em forma coloidal foi usada com êxito por Roe no tratamento de úlceras corneanas infeccionadas, ceratite intersticial, blefarite e dacriocistite.